quinta-feira, 10 de julho de 2008

A.M.Y

Então, já que todo mundo fala da Amy, a gente também pode. Mas a nossa história é BEM mais interessante, já que euzinha aqui, correspondente britânica do semcostura, presenciei um momento na vida desta belezinha:

Tudo aconteceu no último sabado, 5 de julho. Diga-se de passagem, este dia foi bem diferente dos que eu tenho vivido por aqui. Enquanto estava trabalhando no restaurante, fui "dar uma mãozinha" para o pessoal que trabalha no bar. Enquanto secava copos, bebia uns drinks especialmente preparados para moá. Delícia. Depois de terminado o expediente alcoólico, me mandei para a ba-la-da. O lugar é o Dublin Castle, um dos mais legais de Londres (para quem gosta de rock, é claro), e fica em Camden Town, um dos bairros mais afudês por aqui (e a Amy mora lá).




Noite legal, música da boa, pessoas queridas, diversão na certa. Mas, como tudo que é bom dura pouco, a festa terminou às 3h em ponto. Luzes acesas e som desligado. BOOOOOOOOOORING! Ok, no problem. Resolvemos continuar a noite indo em um bar em que fica aberto 24h e lá servem kebabs e outros tipos de fa(s)t food. O que, vamos combinar, não é o que a nossa Amy anda comendo, néam.



No caminho para o tal do bar, passamos por um pub já fechado que tinha na frente vários Paparazzis espiando pelos cantinhos das janelas. "Opa, tem alguém aí"! Tentamos puxar papo com um dos fotógrafos, perguntamos quem estava lá dentro, oferecemos kit kat, cerveja, tênis novo e sutiã. Sem sucesso. Eu e minhas meninas tivemos que descobrir sozinhas quem estava abalando a noite de Camden (como se tivéssemos alguma dúvida de quem seria). Confirmado o
fato, percebi que havíamos tomado o lugar dos profissionais que ali estavam trabalhando. Éramos praticamente um bando de gente (pq já tinham se juntado a nós mais uns paulistas que passaram por ali e resolveram saber o que estava acontecendo - London é assim, gente: chuta uma moita, sai brasileiro) espiando pela janela e tentando avistar um topete dando bafão. Depois de cerca de uma hora ali tentando conseguir alguma imagem da mocinha, desistimos. A fome era maior que a curiosidade (desculpe, Amy).




Chegamos no tal do bar (esqueci o nome, perdoem meu alzheimer tão bem conservado), pedi fritas e sentei para saborear o óleo que pingava do papel vegetal. A cena é fácil de descrever: eu e uma das meninas sentadinhas, com cara de criança faceira, prontas para devorar aquela porção de batatas, quando eu noto uma expressão estranha no rosto da minha amiga. Eis que escuto da mesma, com uma batata frita na mão, o seguinte: "Amy, I love you!". Pensei: "Obrigada, querida. mas eu ainda não comecei a espancar o bar, espera só". Resolvi olhar pra trás e entender o que estava se passando. E não é que a baixinha tinha recém entrado no bar? Claro, tinha acabado de dar o baphão da noite, batendo em um pobre rapaz que só queria comer por ali, como nós. Confesso que fiquei chocada com o fato da excelentíssima estar parada e-xa-ta-men-te do nosso lado (se eu esticasse o dedo, eu tocava. Mas também apanhava feio por isso), olhando para trás e tentando avistar sua vítima, enquanto o segurança particular tentava fazê-la continuar caminhando para frente e não ter idéias macabras. Falo isso pq ultimamente ela tem batido até nos seguranças:


Depois disso, ela sumiu. Ou deve ter sumido no sentido literal, já que a magreza só aumenta, ou saiu pela porta dos fundos do bar para ir pra casinha dormir descansada. A missão da noite estava cumprida mesmo. Bom, o que tenho a dizer dessa minha experiência toda é que, pessoalmente, ela tem MESMO a carinha de maluca que os jornais tanto insistem em mostrar, ela não tem alguns dentes na boca,



ela é MUITO pequena, o topete dela é meio duro (não toquei, mas dá pra ver), ela tava maquiadíssima e claro, meio alteradinha, com os nervos à flor da pele. Mesmo com tudo que falam dela, mesmo eu presenciando uma cena barraqueira dela, mesmo vendo que ela sai nos jornais todo o santo dia aqui em Londres fazendo alguma coisa de errado, mesmo com tantas críticas, deu vontade de abraçar ela, levar para casa, cuidar e desintoxicar! Eu queria falar isso pra ela, ela iria se comover com as minhas palavras e talvez até dar uma choradinha.