quarta-feira, 29 de abril de 2009

não me perguntes onde fica o Alegrete!

a vida no interior é diferente. é legal até os seus 13, 14 anos. depois cai na mesmice e todo mundo acaba fumando maconha, se prostituindo ou vendendo frigideira na praça principal com roupas de cigana.

eu morei no bom e velho baita chão, mais conhecido como Alegrete (RS), até meus felizes e saltitantes 14 anos. por causa disso adquiri algumas gírias no meu vocabulário que o pessoal da capital não entende.

resolvi fazer este post explicando algumas pérolas alegretenses:

1) se uma menina está interessada em um cara, ela não vai falar com ele. ela pede pra algum conhecido em comum (ou desconhecido mesmo) fazer os gancho dela com ele. pode ser os lado também. qualquer um funciona, desde que o artigo seja no plural e o nome no singular.

2) se alguém contou uma piada muito boa, a reação positiva é: Eeeeeiiiiiiii, bota jóia essa piada hein! (com entonação na primeira palavra). já a reação negativa pode ser: bééééé, mas chê de deus, tu não sabe nem contar piada guri! vai-te à merda antes que eu me esqueça!

3) cena clássica: final de tarde, todo mundo na praça da cidade ouvindo a batalha sonora dos carros equipados com o melhor som do momento. as gatinhas passando pra lá e pra cá de calça colada e salto alto, desfilando para os milicos de calças brancas que estão com uma cerveja na mão e escorados no porta-malas do carro. o comentário entre amigos é: bah, mas tu viu aquela pomba ali? Baús de boa! Olha as coxa dela! Babas de gostosa!

4) ninguém fica com alguém no interior. o pessoal lá ou tá pegando, ou copando.

5) argamassa é uma expressão para "meu deus do céu! isso é muito legal!".

entendeu ou quer que eu desenhe?

3 comentários:

Taidje Gut disse...

"...ou vendendo frigideira na praça principal com roupas de cigana."

isso aconteceu??? haha

romanoff disse...

curti as frigideira e os gancho. merece um livro, eu compraria.

crawshaw. disse...

realmente acontece. a praca da cidade eh cheia de 'ciganas' com frigideiras nas maos e falando VAMO LE A MAO? (sem acento mesmo, com sotaque de estrangeiro)