terça-feira, 14 de abril de 2009

O táxi, o calor e o cabelo atrapalhado

Entro em um táxi no Centro.
Reparo que o carro não é dos mais novos e nem o motorista dos mais simpáticos.
O cheiro de cigarro está impregnado nos bancos.
O calor está insuportável.
Fico repetindo mentalmente: o trajeto é curto. Vai ser rápido. O trajeto é curto. Vai ser. Há de ser. PELAMOR.
Ele não tem alguns dentes. O taxista. O cabelo parece tão... oleoso. O rosto também. Nossa, as unhas dele estão enormes e sujas. A do mindinho é maior? Ai, concentra. O trajeto é curto.
Abro bem a janela e olho para fora do carro. Fecho os olhos, sinto o sol e o vento no rosto.
Tento imaginar que não estou naquele carro, com aquele homem, naquela Avenida Mauá, naquele trânsito infernal. E sim na praia.
Ah, o sol, o mar, o vento. Vento? Percebo que o motorista fechou a minha janela. Olho para ele pelo retrovisor e percebo que ele estava observando a minha viagem por ali. Ele sorri e diz:
- O vento, né? Fechei pra não atrapalhar o teu cabelo.

4 comentários:

piffero. disse...

hahahaha LOLOLOLOLOLOSER!

Imaginei muito a tua cara de golden retriever pra fora da janela, lingua pra fora, olhos felizes...

lado positivo: pelo menos ele nao fechou o vidro no teu fucinho :)

crawshaw. disse...

baaaaaaaaaah eu confesso que imaginei exatamente isso: um cachorrinho com as orelhas abanando, estilo o cao-morcego.

ahahahahah

Taidje Gut disse...

foi muito mais glamouroso esse momento do que vocês jamé conseguiriam imaginar.

Dídi disse...

golden retriever! ahahahahahah a lully me mata!

mas, sobre o motora... foda, hein.